O Contador como Pilar na Gestão Empresarial em Meados da Reforma Tributária
No Brasil, subestimar o papel do contador pode custar caro. Seja no golpe financeiro sofrido pela fictícia Tomorrow em Vale Tudo ou nos números alarmantes do Conselho Federal de Contabilidade, a falta de planejamento contábil leva micro e pequenas empresas a encerrar atividades em poucos anos.
Agora, a reforma tributária eleva o desafio: a Lei Complementar 214/25 impõe a convivência simultânea do regime atual e dos novos tributos CBS e IBS, exigindo precisão redobrada na apuração.
Em meio à escassez de profissionais qualificados, utilizar tecnologia e inteligência artificial é fundamental, mas não dispensa o olhar estratégico e ético do contador. Preparar-se para esse cenário é garantir a perenidade e o crescimento do negócio.
Os Perigos de Subestimar o Papel do Contador na Reforma Tributária
Imagine uma empresa que, por falta de assessoria contábil especializada, entregou declarações conflitantes de CBS e IBS. O resultado? Uma autuação milionária, bloqueio de linhas de crédito e processos administrativos que paralisaram as operações por meses.
Em outro caso recente, um e-commerce ignorou as instruções da Lei Complementar 214/25 e passou a apurar tributos seguindo apenas o modelo antigo. A discrepância nas bases de cálculo gerou lançamento de ofício de quase R$ 500 mil, com juros e multas que poderiam ter sido evitados.
Sem o contador como guardião do cumprimento das normas, as consequências se tornam ainda mais graves:
- Multas elevadas por escrituração e apuração incorretas;
- Risco de autuações fiscais que travam operações;
- Dificuldade de ajuste em ambos os sistemas (atual e CBS/IBS);
- Perda de competitividade diante de concorrentes bem assessorados.
Esses casos mostram que subestimar o papel do contador na fase de transição tributária não é apenas um erro técnico: é uma ameaça direta à saúde financeira e à continuidade do negócio.
Complexidade da Transição: CBS, IBS e Apuração em Dois Sistemas
A Lei Complementar 214/25 estabelece um período de transição de 2026 a 2033 em que as empresas devem lidar simultaneamente com o modelo tributário atual e os novos impostos: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). Essa convivência gera exigências adicionais para quem apura e declara tributos.
- Aplicação paralela: operações devem ser escrituradas tanto no regime atual quanto, em separado, para CBS e IBS.
- Escrituração eletrônica: entrega de registros detalhados no SPED, com relatórios específicos para cada sistema.
- Crédito e compensação: definição de regras distintas para apuração de créditos, com critérios de rateio conforme natureza da operação.
- Prazos e obrigações acessórias: cumprimento de cronogramas que integram declarações antigas e novas para evitar divergências.
Esse modelo exige ajustes nos sistemas de gestão e na rotina contábil, além de capacitação das equipes para conciliar bases de cálculo distintas. Sem processos bem estruturados e ferramentas adequadas, aumentam os riscos de inconsistências, autuações e multas. A preparação antecipada, com controles internos rigorosos, é fundamental para atravessar essa fase com segurança.
Escassez de Talentos e Adoção de Tecnologia na Contabilidade
O Conselho Federal de Contabilidade aponta uma defasagem crescente de profissionais qualificados, agravada pela complexidade das novas normas tributárias. Um levantamento da Robert Half revelou que mais de 50% das empresas brasileiras já planejam reforçar suas equipes contábil e fiscal nos próximos meses, mas enfrentam dificuldade para encontrar talentos com experiência em CBS, IBS e SPED.
Para suprir essa lacuna, muitas organizações investem em tecnologia e inteligência artificial, que trazem ganho de eficiência e agilidade na rotina contábil. Veja algumas soluções:
- Automatização de lançamentos e conciliações repetitivas;
- Análise preditiva de fluxo de caixa e projeções tributárias;
- Monitoramento em tempo real de indicadores fiscais via painéis interativos;
- Validação automática de documentos e cálculos, reduzindo erros manuais.
Apesar dos avanços, nenhuma ferramenta dispensa o olhar crítico do contador. A inteligência artificial acelera processos, mas a interpretação estratégica e a tomada de decisão baseadas em contexto continuam sendo atribuições exclusivas de um profissional experiente. Combinar tecnologia com expertise humana é a melhor abordagem para enfrentar os desafios da transição tributária com segurança.
Contador como Parceiro Estratégico: Oportunidades e Benefícios
Em um cenário de elevada complexidade tributária, o contador estratégico vai além das obrigações fiscais tradicionais. Ele atua como consultor interno, antecipando riscos, identificando oportunidades e oferecendo insights que impactam diretamente na rentabilidade e no desenvolvimento do negócio.
Na otimização da carga tributária, esse profissional analisa detalhadamente as operações para aproveitar créditos tributários, escolher regimes fiscais mais vantajosos e simular diferentes cenários. O resultado é uma redução legal dos impostos devidos e maior previsibilidade nos custos.
Quanto à estruturação de investimentos, o contador estratégico avalia a viabilidade financeira de novos projetos, calcula o retorno sobre investimento (ROI) e auxilia na captação de recursos. Com base em dados contábeis e projeções, ele orienta decisões que impulsionam o crescimento sustentável.
Para garantir conformidade, o contador implanta controles internos robustos, mapeia processos críticos e cria cronogramas de obrigações acessórias. Dessa forma, a empresa evita autuações e mantém sua imagem alinhada às exigências legais.
- Identificação de incentivos fiscais e regimes especiais;
- Simulações de cenários tributários para escolha do melhor regime;
- Análise de viabilidade e retorno de projetos de investimento;
- Implementação de controles internos eficientes;
- Elaboração de relatórios gerenciais e dashboards estratégicos.
Com essa postura consultiva e proativa, o contador deixa de ser um prestador de serviços para se tornar um parceiro de negócios, capaz de orientar o planejamento financeiro, sustentar decisões estratégicas e fortalecer a competitividade da empresa.
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- Suporte na legalização e regularização de empresas;
- Orientação estratégica para gestão tributária e planejamento;
- Implementação de controles internos e ferramentas de monitoramento;
- Esclarecimento de dúvidas sobre CBS, IBS e SPED durante a transição.
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Fonte Desta Curadoria
Este artigo é uma curadoria do site Portal Contabeis. Para ter acesso à matéria original, acesse Contador será peça chave para gestão empresarial nas mudanças do novo sistema tributário