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ToggleReforma Tributária: 5 Dicas Práticas para Evitar Riscos e Garantir Eficiência
Em 2026, o Brasil dará início a uma das maiores revoluções fiscais de sua história: a mudança para o IVA Dual, que substitui PIS, Cofins, ICMS e ISS pela CBS e pelo IBS. Essa transição impõe desafios imediatos a empresas de todos os portes, afetando preços, contratos, sistemas e equipes.
Para evitar riscos como aumento de custos, litígios e perda de competitividade, antecipar-se é fundamental. Reunimos cinco dicas práticas, baseadas em simulações realistas e na experiência de especialistas da área fiscal, para garantir eficiência operacional e segurança no cumprimento das novas obrigações. Confira a seguir e prepare sua empresa para o futuro tributário.
Perigos de Adiar a Adaptação: Riscos Imediatos para Sua Empresa
Postergar a preparação para o IVA Dual pode resultar em impactos financeiros severos já a partir de 2026. A migração abrupta de PIS, Cofins, ICMS e ISS para a CBS e o IBS afetará diretamente a estrutura de custos, colocando em xeque margens de lucro e fluxo de caixa.
- Aumento de custos: sem simulações prévias, empresas podem sofrer com repasses inesperados de carga tributária em cada etapa da cadeia de consumo, elevando despesas operacionais.
- Litígios: contratos com cláusulas desatualizadas expõem organizações a disputas judiciais. A diferença entre tributação “por dentro” e “por fora” aumenta o risco de interpretações divergentes.
- Perda de competitividade: concorrentes que anteciparem ajustes em preços e políticas comerciais ganharão vantagem, deixando empresas despreparadas fora do mercado.
O diagnóstico antecipado, com base em projeções de alíquotas da CBS e do IBS, é essencial para evitar surpresas e garantir estabilidade no resultado operacional durante a transição tributária.
1. Mapeie o Impacto Financeiro com Simulações Realistas
Para realizar simulações realistas, comece mapeando o faturamento atual por linha de produto ou serviço e registre as alíquotas vigentes de PIS, Cofins, ICMS e ISS.
Em seguida, crie três cenários de alíquotas para a CBS e o IBS — conservador, moderado e agressivo — e aplique-os em uma planilha ou no seu ERP:
- Cenário conservador: CBS 10% e IBS 5% — avalie o impacto sobre as margens mais estáveis.
- Cenário moderado: CBS 12% e IBS 7% — identifique produtos que podem perder competitividade.
- Cenário agressivo: CBS 15% e IBS 10% — simule variações extremas de custo unitário.
Com esses resultados, ajuste o orçamento anual projetado para 2026, destacando linhas que exigirão repasse total ou parcialmente escalonado.
Por exemplo, uma prestadora de serviços de TI que hoje aloca 1,65% de PIS/Cofins pode descobrir, no cenário moderado, um custo efetivo de 19% de IVA Dual. Nesse caso, planeje absorver parte desse acréscimo em contratos de longo prazo e repassar o restante em pacotes de serviço de maior valor agregado.
2. Revise Contratos e Políticas Comerciais
Revise todas as cláusulas contratuais que mencionam tributos “por dentro”, como PIS, Cofins, ICMS e ISS. No novo modelo de IVA Dual, esses impostos passam a ser destacados “por fora” dos preços, o que pode gerar diferenças em contratos vigentes e aumentar o risco de disputas judiciais.
- Atualize a nomenclatura tributária: substitua menções a PIS/Cofins, ICMS e ISS por CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) em todas as folhas e anexos contratuais.
- Recalcule margens: reavalie o impacto das novas alíquotas na formação de preços, levando em conta repasses parciais ou totais aos clientes, especialmente em contratos de longo prazo e operações interestaduais.
- Renegocie valores: aproxime-se dos parceiros e clientes para ajustar condições comerciais, garantir que o novo regime não comprometa a rentabilidade e evitar litígios futuros.
Essa revisão deve ser periódica e acompanhada de registro das alterações contratuais. Assim, sua empresa minimiza riscos, mantém relações transparentes e preserva a competitividade no período de transição para o IVA Dual.
3. Organize Cadastros Fiscais e Sistemas de Emissão
O saneamento de cadastros em ERPs é fundamental para evitar erros no cálculo tributário e garantir aproveitamento de créditos. Comece por mapear as inconsistências e definir um cronograma de correção.
- Reclassificação de produtos: atualize a descrição e o código fiscal de cada item conforme o novo IVA Dual, atribuindo corretamente CBS e IBS no sistema;
- Revisão do regime tributário de fornecedores: verifique se o fornecedor está em regime que possibilita crédito; quando não, avalie alternativas como migração de regime ou substituição de parceiro;
- Atualização de tabelas fiscais: configure alíquotas e classificações no módulo de emissão de notas, prevenindo bloqueios e falhas de cálculo;
- Validação periódica: implemente controles que confrontem o cadastro de produtos com as notas emitidas, identificando divergências e corrigindo-as rapidamente;
- Capacitação de usuários: treine a equipe para inserir tags fiscais corretamente, interpretar relatórios de créditos e manter o cadastro sempre alinhado às mudanças normativas.
Com esses passos, sua empresa assegura fluidez operacional, aproveita todos os créditos fiscais disponíveis e diminui retrabalho na emissão de documentos e no fechamento contábil.
4. Invista em Infraestrutura Tecnológica Integrada
Em um cenário tributário mais digital e transparente, contar com plataformas integradas de gestão fiscal é fundamental para manter a agilidade e a segurança das operações. Essas soluções consolidam dados de contabilidade, finanças e fiscal em um único ambiente, promovendo automação e visibilidade em tempo real.
- Automação de cálculos: elimina entradas manuais e possíveis erros, garantindo que alíquotas de CBS e IBS sejam aplicadas corretamente em cada etapa da cadeia.
- Conciliação e cruzamentos automáticos: realiza conferências fiscais minuto a minuto, identificando inconsistências entre notas, lançamentos contábeis e obrigações acessórias.
- Monitoramento em tempo real: painéis centralizados permitem acompanhar indicadores de carga tributária, créditos a recuperar e prazos de entrega de declarações sem retrabalho.
- Redução de custos de conformidade: com processos padronizados e auditáveis, é possível diminuir horas de trabalho manual e minimizar riscos de penalidades por falhas no cumprimento das normas.
Ao investir nessa infraestrutura, sua empresa ganha não apenas eficiência operacional, mas também maior previsibilidade fiscal, apoiando decisões estratégicas e preparando o negócio para as etapas finais da transição ao IVA Dual.
5. Capacite Equipes e Monitore as Mudanças Regulatórias
Para garantir que sua empresa permaneça atualizada até a conclusão da Reforma em 2033, é fundamental instituir uma rotina de treinamentos e canais de comunicação contínuos. Essas iniciativas previnem falhas operacionais, evitam retrabalho e fortalecem sua capacidade de adaptação.
- Treinamentos regulares: promova sessões trimestrais para equipes de finanças, contabilidade e compliance, abordando novas regras, casos práticos e impactos operacionais.
- Canais internos de atualização: crie uma newsletter mensal, grupos em plataformas colaborativas ou intranet para distribuir resumos de mudanças normativas, guias de procedimentos e perguntas frequentes.
- Parcerias com especialistas: estabeleça acordos com consultorias tributárias ou escritórios de advocacia para obter consultoria pontual, revisão de processos e suporte em tempo real.
- Comitê de compliance: forme um grupo multidisciplinar responsável por monitorar publicações legais, avaliar impactos e propor ajustes em políticas, sistemas e cadastros.
- Feedback contínuo: estimule a coleta de lições aprendidas após cada atualização regulatória, registrando ocorrências e melhorias para manter o processo sempre alinhado às novas exigências.
Com essas ações, sua empresa minimiza riscos de não conformidade, reduz retrabalho e mantém a equipe preparada para as transformações tributárias que se estenderão até 2033.
Conclusão: Conte com a Auditar Contábil e Siga Nosso Blog
Na adaptação à Reforma Tributária, a Auditar Contábil está ao seu lado com expertise e soluções personalizadas para orientar cada etapa dessa mudança. Nossa equipe acompanha de perto as atualizações legais e oferece direcionamento claro para que sua empresa implemente as melhores práticas fiscais com segurança e eficiência. Continue acompanhando nosso blog diariamente para receber insights, análises e dicas práticas sobre gestão tributária — assim, você fica sempre um passo à frente na transição para o IVA Dual.
Fonte Desta Curadoria
Este artigo é uma curadoria do site Você S/A. Para ter acesso à matéria original, acesse Reforma Tributária: cinco dicas para empresas que ainda não começaram a se adaptar






